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Já Morreu o Poeta

Victor Manuel

Ya Murió El Poeta

Ya murió el poeta y España, qué raro,
le echa como siempre la cebada al rabo.

Si con trompetilla fusilan los versos
mejor emigrados, que a mí me da miedo.
Si con trompetilla matan al poeta,
cómo se reduce un minero en huelga.

Flamenco, canciones, España y olé;
burros, procesiones y Sara Montiel.
Patatas, cebolla, naranja y tomate,
no estés en tu casa si van a buscarte.

Izquierda, derecho, derecha y revés,
si escribes en verso te van a joder;
si escribes en verso y en prosa también.
Escribe sin miedo y no mires a quién.

Ya murió el poeta y España, qué raro,
le echa como siempre la cebada al rabo.

Já Morreu o Poeta

Já morreu o poeta e a Espanha, que estranho,
sempre joga a cevada no rabo, é assim que é.

Se com trompetinha fuzilam os versos
melhor que emigrem, porque eu tenho medo.
Se com trompetinha matam o poeta,
como fica um mineiro em greve.

Flamenco, canções, Espanha e olé;
burros, procissões e Sara Montiel.
Batata, cebola, laranja e tomate,
não fique em casa se vierem te buscar.

Esquerda, direita, direita e avesso,
se você escreve em verso vão te ferrar;
se escreve em verso e em prosa também.
Escreva sem medo e não olhe pra quem.

Já morreu o poeta e a Espanha, que estranho,
sempre joga a cevada no rabo, é assim que é.

Composição: