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Amanhecia Na Favela

Vinicius Camargo

João acordou naquela manhã amarela
Com os olhos ainda embaçados tirou o angu no fundo da tigela
Raspando o fundo do tacho, o sol ainda baixo, correu pra janela
Com os olhos ainda embaçados,
Viu os meninos fazendo de trave as chinelas
E viu que subia dengosa lá no fundo da viela
Ela, a moça formosa, futuro destaque da Portela
Subia no emaranhado, tal qual fosse passarela
E enquanto amanhecia, ela fazia a manhã mais bela

Amanhecia na favela (4x)

E ela trazia numa mão o pão, na outra vinha a mortadela
O pai prostrado na porta do
barraco, feito sentinela
Pra ver se nenhum urubu botava os olhos na donzela
Enquanto o pai desempregado se prevenia de tais mazelas
Ela se enfeitava se olhando no fundo da panela vazia
E dava ao café do João um tempero de cravo e canela
Enquanto João olhava para os prédios da cidadela
E se lembrava do café que via ser tomado na novela
Que a noite passava na tela da outra janela
Onde não há dor, não há temor, nem há favela...

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