Eternal nights
Charmless rain
wrapped up in swinging lights
lost in the emptyness,
so far away....
And the night, frozen,
draws close to me dimming the
last lights of the morning in
a vital breath
caressing coolly my face
for a second
before open again the eyes on an
eternal night.
Twilight draws the first shadow of
the night, in a world out of time,
in a day hanging in the
lost and oppressed purity.
Memories stare at me
cold like a travelling constellation
lost in the infinite, while I look them
indifferent recognizing not me.
How many nights did I pass through
hung in the emptyness,
balanced on a carpet of stars,
breathing uncertain my
odourless and sharp fate?
How many nights have I pass through
looking sadly forgiven memories
cold and proud
staring at me like a
deploring dumb constellation
revolving me around?
Rain will fall on me,
like wet ash, to return
the whole to nothing.
Noites Eternas
Chuva sem graça
embrulhada em luzes balançando
perdida na solidão,
tão longe....
E a noite, congelada,
se aproxima de mim, apagando as
últimas luzes da manhã em
um sopro vital
acariciando meu rosto
fresquinho por um segundo
antes de abrir novamente os olhos em uma
noite eterna.
O crepúsculo desenha a primeira sombra da
noite, em um mundo fora do tempo,
em um dia pendurado na
pureza perdida e oprimida.
Memórias me encaram
frias como uma constelação viajante
perdida no infinito, enquanto eu as olho
indiferente, não me reconhecendo.
Quantas noites eu passei
pendurado na solidão,
equilibrado em um tapete de estrelas,
breathando incerto meu
destino sem cheiro e afiado?
Quantas noites eu passei
olhando tristemente memórias perdoadas
frias e orgulhosas
me encarando como uma
constelação muda e deplorável
revolvendo ao meu redor?
A chuva vai cair sobre mim,
como cinzas molhadas, para devolver
tudo ao nada.