Nem mesmo ibeji
Para o ibge é gêmeo
E calundú só zanga
A baiana, o baiano
Que são lembrados
Na folia em fevereiro

Aruanda, aganjú
Azonodô, ajaiô
Palavra veia
Longe da onomatopeia
De tapar o sol com a peneira
E escantear o índice
Na prateleira

Não fecha a conta
A cota é pouca
E o corte é fundo
E quem estanca
A chaga o choque
Do terceiro mundo?

De vez em quando
Um abre a boca
Sem ser oriundo
Para tomar pra si
O estandarte
Da beleza, a luta e o dom
Com um papo
Tão infundo

Por que tu me chama
Se não me conhece?
Por que tu me chama
Se não me conhece?

Por que tu me chama
Se não me conhece?
Por que tu me chama
Se não me conhece?

Nem mesmo ibeji
Para o ibge é gêmeo
E calundú só zanga
A baiana, o baiano
Que são lembrados
Na folia em fevereiro

Aruanda, aganjú
Azonodô, ajaiô
Palavra veia
Longe da onomatopeia
De tapar o sol com a peneira
E escantear o índice
Na prateleira

Não fecha a conta
A cota é pouca
E o corte é fundo
E quem estanca
A chaga o choque
Do terceiro mundo?

De vez em quando
Um abre a boca
Sem ser oriundo
Para tomar pra si
O estandarte
Da beleza, a luta e o dom
Com um papo
Tão infundo

Por que tu me chama
Se não me conhece?
Por que tu me chama
Se não me conhece?

Por que tu me chama
Se não me conhece?
Por que tu me chama
Se não me conhece?

Vai procurando
Que um dia cê acha
Vai procurando
Que um dia cê acha
Vai procurando
Que um dia cê acha
Vai procurando
Que um dia

Composição: Lucas Cirillo / Xênia França