Samba Atemporal
Flávio Assis
Assanha é zanga de manao
Seus filhos na contra mão
Vagavam cegos deopá chorou
Catedrais da solidão
Depois que tudo finda
Irá restar o samba
Depois que tudo finda
Irá restar o samba
Marabô veio na maré
Oxum obá olhos de xangô
Caô, kabecilê, oxé
Lá no fundo da lagoa
Mil tambores vão saudar
Saluba nanã
Sete mil pedras de guizo
No oufado caçador
Ode arô odé
Sob o céu o arco íris
E o roncar os seus trovões
Lá na mata alta nino
Rosa brava e riachão
Trouxeram pandeiro e cachaça
Viola e a marcação
Cavaco, curica virada
E o gingado da solidão
Trouxeram pandeiro e cachaça
Viola e a marcação
Cavaco, curica virada
E o gingado da solidão
Marabô veio na maré
Oxum obá olhos de xangô
Caô, kabecilê, oxé
Lá no fundo da lagoa
Mil tambores vão saudar
Saluba nanã
Sete mil pedras de guizo
No oufado caçador
Ode arô odé
Sob o céu o arco íris
E o roncar os seus trovões
Lá na mata alta nino
Rosa brava e riachão
Trouxeram pandeiro e cachaça
Viola e a marcação
Cavaco, curica virada
E o gingado da solidão
Trouxeram pandeiro e cachaça
Viola e a marcação
Cavaco, curica virada
E o gingado da solidão
Depois que tudo finda
Irá restar o samba
Depois que tudo finda
Irá restar o samba
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