Do Reino de Oyo À Bahia de Todos Os Santos
Leleco Telles
No rufar dos tambores
O passado é lembrado
Garotos da orgia vem representar
África mamãe
Suas lendas e histórias
Viajei nas asas do Deus do tempo
E foi assim
Oxalufan, oxalá velho
Rei de ifan
A cotada pra visitar
O amigo xangô
Batalao, docô e Deus modeu
E acredite aconteceu
Fez o dono do azeite de dende
Fez-se o dono do carvão
Da escuridão
Exu dono do óleo de amêndoa
Caminhos de lágrima humilhação
Na fronteira do reino de oyo
O pivõ foi o cavalo de xangô
E por coisa do destino
Este velho peregrino
Sete anos na prisão
Confundido com ladrão
Mas xangô o justiceiro
Para reparar o erro
Mandou buscar água na fonte
Pra lavar oxalupan
Que apoiado em seu cajado
Voltou recebido com festa
Pois seu filho oxã nié
No reino de oyó
Da Bahia de todos os santos
Águas de oxalá
Na lavagem do nosso senhor do Bomfim
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