Mateando Com Minha Amada
Mano Dias
Sentado no banco baixo
Na sombra de um cinamomo
O meu chimarrão eu tomo
Enchido por minha amada
Por ela eu sou acariciado
Com seus carinhos e seus beijos
Pois nos olhos dela vejo
Que sem ela eu não sou nada
Eu me levanto cedinho
E a chinoca solta junto
Vamos proseando os assunto
Enquanto a chaleira chia
Relincha na estrevaria
Uma égua de confiança
Que é do andar das crianças
E da minha montaria
Enquanto vamos mateando
No poleiro cantam os galos
E eu encilho meu cavalo
Que saio para ver meu gado
E depois volto cansado
E um bom chimarrão eu tomo
Na sombra de um cinamomo
Com a prenda nos dois sentado
Esta mulher que eu amo
Eu sei que não me abandona
Quantas vezes minha cambona
Aquentou de madrugada
Naquelas noites de geada
Branqueando o galpão e a casa
E eu em roda das brasa
Mateando com a minha amada
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