Estação da Luz
Nelson Gonçalves
Estação da Luz, depois da meia noite
Uma tragédia em cada rosto refletida
Passam vidas pelas ruas, passam lágrimas
No silêncio da cidade adormecida
Estação da Luz, depois da meia noite
Em cada esquina uma sombra indefinida
A chuva na calçada, o vento frio
E os meus olhos encontram os teus, desconhecida
Quem és? De onde vens? Mulher estranha
Onde foi que eu te vi? Onde me viste?
Quem te ensinou meu nome? Quem te disse?
Que houve alegria no meu rosto, agora triste
Mas de repente, eu me lembro que em meus braços
Deu-me o seu beijo de primeiro amor
Depois a vida caminhou, fracasso
Por tenho velho tempo, o professor
Estação da Luz, depois da meia noite
Uma tragédia em cada rosto refletida
Dois estranhos que se afastam, a chuva cai
No silêncio da cidade adormecida
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