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A História Fará Sua Homenagem À Figura de Antonio Conselheiro

10zer04

Letra

    Num profundo deserto sem ter fonte
    Já surgiu um regime igualitário
    Que o justo já sexagenário
    Fez erguer-se a cidade Belo Monte
    Para então vislumbrar no horizonte
    Sem maldade, sem crime, sem dinheiro
    Sem bordel, sem fiscal, sem carcereiro
    Mas foi morto e tomado por selvagem
    A história fará sua homenagem
    À figura de Antonio Conselheiro
    Quem viveu ao seu lado, sempre quis
    Ter real o que era fantasia
    O reinado do céu não prometia
    Sim o reino da terra mais feliz
    Afinal só o povo do país
    Pode dar o retrato verdadeiro
    Deste líder autêntico mensageiro
    Que alguém deformou a sua imagem
    A história fará sua homenagem
    À figura de Antonio Conselheiro
    Masseté, Uauá, Paraguaçu
    Catinga, Faxeiro, Mororó
    Cambaio, Caipã, Cocorobó
    Monte Santo, Favela, Trabibu
    Beatinho, Abade, Pajeu
    Vilanova, Brandão e Fogueteiro
    Macambira, Lalau e o Sineiro
    Timóteo lendário personagem
    A história fará sua homenagem
    À figura de Antonio Conselheiro
    Oh! Canudos país da promissão
    Foi injusta e cruel a sua guerra
    Tu que eras abrigo dos sem terra
    Sem família, justiça, lar e pão
    O jagunço era apenas um irmão
    O fanático somente um companheiro
    Junto ao mestre encontrando paradeiro
    Confiança, família e hospedagem
    A história fará sua homenagem
    À figura de Antonio Conselheiro
    Só o Vaza Barris tão solitário
    Vive lá como um símbolo e uma prova
    De Canudos, Igreja, Velha e Nova
    Linha negra, trincheira, santuário
    Malassombro de latifundiário
    Coronel poderoso e fazendeiro
    Houve mesmo esse reino alvissareiro
    Que muitos tomaram por miragem
    Sertanejos morrendo de magote
    A bandeira rasgada era um molambo
    O quartel sem guarita era o mocambo
    A trincheira era grimpa do cerrote
    A metralha o feioso clavinote
    Baioneta era a lança do carreiro
    A corneta era o búzio do vaqueiro
    Guarda peito gibão sua roupagem
    A história fará sua homenagem
    À figura de Antonio Conselheiro
    Quase dez mil soldados de elite
    Quatro bons generais lhe dando apoio
    Bivaque arsenal bóia e comboio
    Com dezoito canhões e dinamite
    Numa guerra civil sem ter limite
    Não um simples conflito passageiro
    Brasileiro matando brasileiro
    Os vencidos mostrando mais linhagem
    Era a luta da foice e do fuzil
    O facão enfrentando artilharia
    Uma nódoa no nome da Bahia
    Uma mancha no nome do Brasil
    Mas talvez que no ano de dois mil
    Esse nosso nordeste brasileiro
    Seja outra Canudos por inteiro
    Mais gente, mais garra e mais coragem


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