Atemporal (part. Froid e Rodrigo Cartier)

Superação e autenticidade em "Atemporal (part. Froid e Rodrigo Cartier)"

Em "Atemporal (part. Froid e Rodrigo Cartier)", o grupo 3030, junto de Froid e Rodrigo Cartier, explora temas como autenticidade, resistência e crítica social. Logo no início, a referência à "tábua de Thot" aponta para uma busca por sabedoria ancestral e verdade, enquanto a menção ao "bug da matrix" denuncia a manipulação social e a alienação das pessoas. Esses elementos mostram que a música vai além do relato pessoal, usando metáforas para questionar a superficialidade e a falta de consciência crítica tanto na sociedade quanto no próprio cenário do rap.

A letra destaca a trajetória de superação e orgulho das origens, como em "Eu vim da kitnet, sem Net, raiz nordeste / Não mexe com quem tá quieto", reforçando a identidade e a força de quem veio de baixo. O tom direto aparece na recusa a seguir regras impostas e na valorização do mérito próprio: "Se botarem qualquer regra eu contesto / É só questão de tempo". A crítica social se intensifica ao expor a falsidade e a manipulação no meio musical: "Eu vi que o seu rap vende o que eles querem comprar / Mas aí, eu sei sua condição, a rua vai te cobrar". Aqui, a música denuncia artistas que se rendem ao mercado, defendendo a autenticidade e a verdade no rap.

O título "Atemporal" reforça a ideia de que a mensagem do rap verdadeiro ultrapassa modismos e interesses passageiros, sendo guiada por princípios e experiências reais. A colaboração entre os artistas valoriza a força coletiva do rap nacional, enquanto versos como "Verso vem de dentro, os pano vem de fora / Vem do próprio tempo, eu sou o senhor da minha própria história" resumem o sentimento de autonomia, orgulho e resistência que marca toda a faixa.