Amor Que No Se Alimenta

Amor Que Não Se Alimenta

Amor Que No Se Alimenta

Bússolas deterioradas já não apontam o norteBrújulas deterioradas ya no señalan el norte
Cópulas meio pactuadas à sombra da noiteCópulas medio pactadas a la sombra de la noche
Onde está a primavera com as flores nos galhosDónde está la primavera con las flores en las ramas
Onde está a primeira vez com o coração em chamasDónde está la vez primera con el corazón en llamas
E, no entanto, eu rio, disfarço o tédioY sin embargo me río, disfrazo el aburrimiento
Engano meu coração que palpita sem fôlegoEngaño al corazón mío que palpita sin aliento
Que se debate em um emaranhado e morre na tentativaQue se debate en un lío y se muere en el intento
De acabar com esse frio e com esse sofrimentoDe acabar con este frío y con este sufrimiento

Lembro da luz da lua e do brilho das estrelasRecuerdo la luz de luna y el fulgor de las estrellas
Entrando pela janela que antes sempre estava abertaEntrando por la ventana que antes siempre estaba abierta
Amor que vai se apagando como se fosse uma velaAmor que se va apagando como si fuera una vela
Amor de portas fechadas, amor que não se alimentaAmor de puertas cerradas, amor que no se alimenta
Lembro que na minha cintura não havia uma só reclamaçãoRecuerdo que en mi cintura no había ni una sola queja
Que na minha pele sempre brilhavam as gotinhas de água frescaQue en mi piel siempre brillaban las gotitas de agua fresca
As gotinhas que seus lábios deixavam por conta própriaLas gotitas que tus labios se dejaban por su cuenta
Amor de vozes caladas, amor que não se alimentaAmor de voces calladas, amor que no se alimenta

Pétalas que definham e se espalham pelo chãoPétalos que languidecen y se esparcen por el suelo
De umas flores que parecem varinhas sem consoloDe unas flores que parecen varillitas sin consuelo
Onde está o que eu seria naquele reino de fadasDónde está lo que yo fuera en aquel reino de hadas
Onde está a primeira vez com as mãos ensopadasDónde está la vez primera con las manos empapadas
E, no entanto, confio no seu bom comportamentoY sin embargo me fío de tu buen comportamiento
Digo ao meu coração que isso é só um mau ventoLe digo al corazón mío que esto sólo es un mal viento
Que em suas asas o tédio trouxe para meu tormentoQue en sus alas el hastío trajo para mi tormento
Provocando esse vazio que me mata a frio lentoProvocando este vacío que me mata a frío lento

Lembro do rumor da espuma que eram galochas sem cristaRecuerdo el rumor de espuma que eran gallitos sin cresta
Flutuando por umas calas que doíam de belezaFlotando por unas calas que dolían de belleza
Amor que vai se acabando como se acaba a cordaAmor que se va acabando como se acaba la cuerda
De uma caixinha melódica, de uma caixinha de penaDe una melódica caja, de una cajita de pena
Lembro de muita doçura debaixo daquelas sobrancelhasRecuerdo mucha dulzura debajo de aquellas cejas
Os olhos que me olhavam, no entanto, eram duas flechasLos ojos que me miraban sin embargo eran dos flechas
Amor de canas sibilantes, amor quebrado em primaverasAmor de silbantes cañas, amor roto en primaveras
Ai, amor que não diz nada, amor que não se alimentaAy, amor que no dice nada, amor que no se alimenta
Lembro da luz da lua e do brilho das estrelasRecuerdo la luz de luna y el fulgor de las estrellas
Entrando pela janela que antes sempre estava abertaEntrando por la ventana que antes siempre estaba abierta
Amor que vai se apagando como se fosse uma velaAmor que se va apagando como si fuera una vela
Amor de portas fechadas, amor que não se alimentaAmor de puertas cerradas, amor que no se alimenta
Lembro que na minha cintura não havia uma só reclamaçãoRecuerdo que en mi cintura no había ni una sola queja
Que na minha pele sempre brilhavam as gotinhas de água frescaQue en mi piel siempre brillaban las gotitas de agua fresca
As gotinhas que seus lábios deixavam por conta própriaLas gotitas que tus labios se dejaban por su cuenta
Amor de vozes caladas, amor que não se alimentaAmor de voces calladas, amor que no se alimenta