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O Monstro No Espelho

Aborígine Rap

Letra

    Num 05 de julho
    Pra caminhar
    Pra contemplar
    Respirar fundo
    Respirar juntos

    Porque eu tô

    Mais apaixonado por mim
    Distante de meu próprio fim
    E o monstro que habita em mim
    Tá aqui, tá aqui

    E eu tô
    Mais apaixonado por mim
    Distante do meu próprio fim
    E o monstro que habita em mim
    O venci

    Se o pensamento acelera
    Levanto e vou pra sala
    Cubro o rosto com a coberta
    Pra não ouvirem o som da lágrima
    Lágrimas
    Que a tanto tempo contive
    Me fiz forte um personagem que nunca fica triste
    Sem capas
    Mas desejei ter poderes
    Por algum tempo dormir foi um deles
    Esposa e filhos, me escondi deles
    Fingia tá ali, longínquo a vários meses

    Não só com eles
    Trabalho, música, família
    Minha vocação
    Foi esconder a mão enquanto tremia
    Culpar a bula
    Pela tontura
    Noites em claro
    Emoções turvas

    Perguntas:
    Que lágrima é essa enquanto dirijo?
    Por que tô olhando, mas não enxergo meu filho?
    Por que desse medo?
    Por que desse vazio?
    Me olhei no espelho
    Vi a vida por um fio

    Shiuu

    Escrever essa parte
    Fo difícil
    Fosse o Markão lá de trás
    Diria que foi um cisco
    Talvez é canceriano
    Não tem sentimentos
    Não é humano, não é humano

    Parece bobo, mas me prenderam nesse pensamento
    A cada vez que pensei expressar um sentimento
    Parte de vocês alimentou o monstro aqui dentro
    Agradecimentos!

    E eu tô
    Mais apaixonado por mim (estou sim)
    Distante de meu próprio fim (a cada dia)
    E o monstro que habita em mim
    O conheci
    Tá aqui
    Estou mais apaixonado por mim
    Distante de meu próprio fim (diariamente)
    E o monstro que habita em mim
    O venci (não tão fácil assim)

    Somos complexos
    Num complexo que aprisiona
    Se o espelho tem reflexos
    Esse reflexo o condiciona
    E o mesmo olho vermelho
    Trouxe outro efeito
    Me fiz rizoma
    Me fiz rizoma

    Viajei no tempo
    Me vi criança
    Entendi que a timidez
    Era a mesma ansia
    O mesmo medo
    Mesmo receio. Insegurança
    Pena que trouxe a solidão
    Pra debaixo da cama

    Adolesci assim
    Irmão mais novo que foi benzido
    Na primeira infância carregado nos braços, desfalecido
    Nossos corpos carregam traumas
    Mas meus traumas não advém disso
    Não advém disso

    Descobri a escrita
    O Rep
    E o pixo
    O gordinho de Samambaia
    Agora fazia amigos
    Mas foi ensinado a odiar-se
    Chorava enquanto se esquivava disso
    Princípio do precipício

    Daí fui juntando pessoas
    Buscando extrair somente as partes boas
    Me fiz solidário pra esquecer o solitário
    Em minha própria pessoa
    Uma péssima escolha

    Mas já superei as algemas
    Rasguei o capítulo da sentença
    Do monstro? Ainda sinto sua presença
    Mas agora ele que estremece quando me enfrenta

    TKO

    Mais apaixonado por mim (sim)
    Distante de meu próprio fim (bem distante)
    Mas não
    Não se trata do refrão
    Se trata de dizer que tô aqui, que tô aqui

    Forte e belo como sempre como fui
    Diferente: trouxe esse mostro a luz
    E deixar nítido que o Markão forte dos palcos
    Por si tá cada vez mais apaixonado

    Te amo Rose
    Te amo Júnior
    Te amo Carlos
    Me desculpa
    Obrigado


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