DIENTE EN MANO

Dente na Mão

DIENTE EN MANO

BoomBoom

Entro e saio, vou flutuandoEntro y salgo, voy flotando
Entre cabines de fumaça e futuro suaveEntre cabina' de smog y futuro blando
Leio a imagem, acredito no meu santoLeo la imágen, creo en mi santo
Anjinho da crise na minha vizinhançaAngelito de la crisis por mi barrio

Entro e saio, vou flutuandoEntro y salgo, voy flotando
As pombas são estátuas nos teatrosLas paloma' son estatua' en los teatro'
Acredito na magia e leio na mudançaCreo en la magia y leo en el cambio
Se meu filhote negro lambe meu pratoSi mi cachorro negro me lame el plato

Cortei os dedos porque os doeiLos dedo' los corté porque los doné
A senhora só fala com como, como se não visseLa doña solo habla con como, como que no ve
Ouro, mel, pele de balão sobre o lobo infielOro, miel, piel de globo sobre el lobo infiel
Os cadarços que amarram, todos têm tom de peleLos cordone' que atan, todo' tienen tono piel

Sob o portão, galhos de arrozBajo el portón, gajo' de arroz
Sonhando com feixes de amor, corto o colchãoSoñando con fajo' de amor, tajo el colchón
Debaixo do papelão, a carta de adeus, heheDebajo 'el cartón, la carta de adió', jeje
Quero que Deus me interprete, ou que me empreste a GlockQuiero que Dios me interprete, o que me preste la Glock

Meu anahata anda a pé entre as latasMi anahata anda a pata' entre las lata'
Eu faço mais cocô de esgoto do que ratos e piolhos em ManhattanYo hago más caca de cloaca que rata' y liendre' en Manhattan
A magra Cleópatra passeando com gatos atrás de um dálmataLa flaca Cleopatra paseando a gata' atrá' de un dálmata
Pensa que vai opinar de um divã como faço a granaPiensa que va opinar de un diván cómo hago la plata

Eu sou um vigarista que em parlendas hackeia oligarcasYo soy un chanta que en parla hackea oligarca'
Com meio jarro de gasolina e em zigue-zague faço a diabaCon media jarra de nafta y en zig-zag le hago la diabia
Passeio pela quadra enquanto a barriga ardePaseo la cuadra mientras que la panza me arda
Porque sei que a fome não dói se o rico não sangraPorque sé que el hambre no duele si el rico no sangra

Entro e saio, vou flutuandoEntro y salgo, voy flotando
Entre cabines de fumaça e futuro suaveEntre cabina' de smog y futuro blando
Leio a imagem, acredito no meu santoLeo la imágen, creo en mi santo
Anjinho da crise na minha vizinhançaAngelito de la crisis por mi barrio

Entro e saio, vou flutuandoEntro y salgo, voy flotando
Entre cabines de fumaça e futuro suaveEntre cabina' de smog y futuro blando
Leio a imagem, acredito no meu santoLeo la imágen, creo en mi santo
Anjinho da crise na minha vizinhançaAngelito de la crisis por mi barrio

Entro e saio, o tempo todoEntro y salgo, todo el rato
As pombas são estátuas nos teatrosLas paloma' son estatua' en los teatro'
Acredito na magia e leio na mudançaCreo en la magia y leo en el cambio
Se meu filhote negro lambe meu pratoSi mi cachorro negro me lame el plato

Levo três anos felizesLlevo tres año' felice'
Pensando que vou morrer com o mal de Chagas enraizandoPensando que voy a morirme con el mal de chaga' echando raíce'
A solitária em minha barriga dança em um quinzeLa lombriz solitaria en mi panza baila en un quince
A dança do ir embora é muito sábia, algo em mim sabia e quisLa danza del irse es muy sabía, algo en mí lo sabía y lo quise

Vomito raiva em uma cartela, mudam as piadasVomito rabia en un blister, cambian los chiste'
O abandono é desgraça, graça, viu? Fazia com deslizeEl abandono es desgracia, gracia', ¿lo viste? Lo hacía con deslice'
Aquele que assaltou minha infância e apagou o simplesEl que asaltó mi infancia y borró lo simple
Deixou a constância ao financiar desgraça só para rirDejó la constancia al financiar desgracia con tal de reírse

Agulhas e ouro negroAguja' y oro negro
São o dedilhar pela noite no vale dos doentesSon el punteo por la noche en el val' de los enfermo'
Eles estão cegos ou eu estou morto?¿Ello' están ciego' o yo estoy muerto?
Perguntei à vidente e ela fez de conta que não viuLe pregunté a la vidente e hizo de cuenta no verlo

Sim, sim, venha, entre, amigoSí, sí, vení, pasá, amigo
Este cachorro não morde, suas costelas são de linho, plahEste perro no muerde, sus costilla' son de lino, plah
Falar do marginal é chatoHablar del marginal es aburrido
Esboçou o banqueiro enquanto se dava um tiroEsbozó el banquero mientras se pegaba un tiro

E eu conheço o chiar das costelas pela fomeY yo conozco el chistar de las costilla' por el hambre
Vi serem pastilhas na fé do instávelLas vi ser pastillas en la fe del inestable
Para a necessidade rentável, ser o mel nos sem sangueA la necesidad rentable, ser la miel en los sin sangre
Em busca de reféns à mercê de um ontem interminávelEn pos de rehenes a merced de un ayer interminable

Conheço o gene do bang-bang! ReconfortávelConozco el gen del ¡bang-bang! Reconfortable
Conheço na pele a intensa bile dos culpáveisConozco en piel la intensa hiel de los culpable'
Ontem eu vi os fios dos ignorantesAyer yo vi los hilo' de los ignorante'
Vestir o boneco elegante que faz girar o hamsterVestir al títere elegante que pone a girar el hámster

Entro e saio, vou flutuandoEntro y salgo, voy flotando
Entre cabines de fumaça e futuro suaveEntre cabina' de smog y futuro blando
Leio a imagem, acredito no meu santoLeo la imágen, creo en mi santo
Anjinho da crise na minha vizinhançaAngelito de la crisis por mi barrio

Entro e saio, vou flutuandoEntro y salgo, voy flotando
Entre cabines de fumaça e futuro suaveEntre cabina' de smog y futuro blando
Leio a imagem, acredito no meu santoLeo la imágen, creo en mi santo
Anjinho da crise na minha vizinhançaAngelito de la crisis por mi barrio

Entro e saio, o tempo todoEntro y salgo, todo el rato
As pombas são estátuas nos teatrosLas paloma' son estatua' en los teatro'
Acredito na magia e leio na mudançaCreo en la magia y leo en el cambio
Se meu filhote negro lambe meu pratoSi mi cachorro negro me lame el plato