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De Bois e Arados

Adams Cezar

Letra

    A aurora descamba nas dobras do campo
    Numa geada de julho na grama sofrida
    De canga e regeira, canzil e embornal
    Eu junto os meus bois pra outro dia de lida

    Assim foi a vida do vô e do pai
    No cabo de um nove em lavouras de linho
    Porque assim é a vida na terra vermelha
    Gastando colheras no mesmo caminho

    No boi e no arado o sustento da vida
    Na verga estendida que não dá refugo
    E o piá, inocente, no pátio brincando
    Já anda cangando seus bois de sabugo

    Não sabe meu filho que a canga do tempo
    Amansa os tambeiros mas cobra depois
    Porque a terra promete, mas ás vezes nos tira
    Nos leva o arado e as juntas de bois

    Por sobre a parelha olhando o horizonte
    Plantei um futuro que só o tempo viu
    Na safra perdida a dor mais sentida
    Do filho crescido que um dia partiu

    Ficaram restevas e cercas caídas
    Num fim de colônia onde o arado cruzou
    E um rancho tapera testemunha da história
    Cuidando de um sonho que não germinou

    Composição: Flávio Saldanha / Sabani Felipe de Souza. Essa informação está errada? Nos avise.

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