TOMA (part. El Bogueto)

Amor Sobrio ou Ilusão Alcoólica? A Dualidade em 'TOMA' de Adán Cruz

A música 'TOMA' de Adán Cruz, com participação de El Bogueto, explora a complexidade das relações amorosas influenciadas pelo álcool. A letra descreve uma situação em que uma mulher só expressa seus sentimentos de amor e saudade quando está sob o efeito do álcool. Esse comportamento gera confusão e frustração no narrador, que já está envolvido com outra pessoa. A repetição da frase 'me llama y dice que me ama cuando toma' enfatiza a inconsistência dos sentimentos da mulher, que parecem ser genuínos apenas quando ela está embriagada.

O narrador, por sua vez, demonstra uma mistura de desdém e resignação. Ele reconhece que a mulher só o procura em momentos de vulnerabilidade, mas ao mesmo tempo, ele não pode deixar de se sentir afetado por essas declarações. A letra também aborda a superficialidade e os interesses materiais que podem estar presentes nas relações, como quando o narrador menciona marcas de luxo e a busca por status social. Essa crítica à superficialidade é reforçada pela linha 'pero quédate en Zara', sugerindo que a mulher não merece os luxos que deseja.

Além disso, a música toca na ideia de substituição e desapego. O narrador menciona que já encontrou outra pessoa para ocupar o lugar da mulher que o procura quando está bêbada. Isso reflete uma tentativa de seguir em frente e não se deixar levar por sentimentos que ele considera ilusórios. A repetição do refrão e a estrutura cíclica da música reforçam a ideia de um ciclo vicioso de sentimentos e comportamentos que se repetem, sem levar a uma resolução definitiva.