Bailongo na Fronteira
Adriano Gomes
De vez em quando me gana arrastar os debaixo
Sou taura macho encambichado por vaneira
Solto dos patas no compasso das choronas
E as redomonas não refugo por matreiras
Sábado à tarde me tapo de água de cheiro
Que três ontonte encomendei de lá do povo
No baio ruano quebro o cacho a cantar galho
Hoje me espalho na bailanta sem retovo
Boleio a perna quando a Lua vem surgindo
Deixo dormindo opingo baio e acendo um pito
Da manada o mais manso criado guaxo
Se me emborracho me trás pro rancho solito
Lenço encarnado fazendo jogo com pala
Entro na sala arrastando meus talher
O quero-quero não sai do cabo da faca
Casca de vaca pra amansar loco e mulher
As gadelhudas vão remexendo as cadeira
Égua primeira que cruzar me toca um pé
Saio charlando no compasso da vaneira
E a polvadeira vai beijando o santa fé
Lá na fronteira no costado do Uruguai
Às vezes sai um bate coxa debochado
Num entrevero contra um lote saio listo
Se pego um Cristo me cambeio pro outro lado



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