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Tento Sovado

Adriano Gomes

Letra

    O palanque me adverte
    Com a coscorra o pingo bueno
    Parece ver em tropilhas
    Se acercar meus recuerdos

    O bolicho ainda é o mesmo
    Cartaz grande: Pulperia
    O olhar, tropa estourada
    Bebe água em minhas pupilas

    Mirar que me foi matreiro
    Pede pouso, não desvia
    Condenou a ser aguaceiro
    O tempo claro dos meus dias

    Não grito mais: - Outra canha!
    Nem insisto pra o estribo
    Hoje o vestido de chita
    Tapou as flores de encardido
    Pede pouso pra os teus olhos
    Em outro olhar parecido

    Aquél manojo de pelo
    Qual guardei por tanto tempo
    Preso às rédeas do bocal...?
    Pois nem as rédeas tenho mais

    Não peço mais outra canha
    Tampouco de amor padeço
    Nem choro mais minhas penas
    “Perdona... Cosas de viejo”

    Se enredou na trança rude
    Desse meu tempo passado
    Este sentimento antigo
    Que soube cobrar dobrado
    E hoje é só um tento suave
    De tanto y tanto sová-lo

    Mirar que me foi matreiro
    Pede pouso, não desvia
    Condenou a ser aguaceiro
    O tempo claro dos meus dias

    Composição: Adriano Gomes / Evair Sueres Gomes / Leonel Gomes. Essa informação está errada? Nos avise.

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