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Letra

    De madrugada, no fundo do pátio
    Um galo canta chamando a aurora
    A fumaceira, fogão a lenha
    E a noite escura assim se vai embora

    O sol de todos o poncho dos pobres
    Reluz o cobre na manhã vilera
    Ranchos de tábua, com pátio e ramada
    Alma abençoada, vida corriqueira.

    Um trote certo, vem batendo tarro
    Porque o reparto não merma a volteada
    De litro em litro, vai campeando norte
    Dos que tem sorte de mesa povoada
    A vila desperta, na manhã que aquenta
    E se apresenta a vida no povoado
    A gurizada, cachorreando um louco
    Que falquejando um toco golpeia o machado.


    Lá no bolicho o papel de estraza
    Enrola o pão que o meio quilo alcança
    O rel surrado, na mão calejada
    Que sofre na enxada, e não perde a esperança
    Se vem a tarde e a roupa na água
    Vai lavando a mágoa no suor na sanga
    Assim o pasto, vai quarando a chita
    Da moça bonita, que vive de changa.

    E quando a noite, deita o véu na vila
    E a querosena acende a luz na mesa
    Que embora humilde ilumine a alma
    De uma família que vive à pobreza.

    Um trote certo, vem batendo tarro
    Porque o reparto não merma a volteada
    De litro em litro, vai campeando norte
    Dos que tem sorte de mesa povoada
    A vila desperta, na manhã que aquenta
    E se apresenta a vida no povoado
    A gurizada, cachorreando um louco
    Que falquejando um toco golpeia o machado.


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