Pra Quem Amarga Um Mate
Alanna Jardim
Sorvi meu mate e nem bem a aurora
Como quem não demora veio se aprochegar
E a brisa orvalhada do verde do campo
Traz pro rancho acalanto com sereno no ar
O rio lento e manso sacia a sede
Do flete de encilha pastando no chão
E o vento pampeiro me trouxe a geada
Me molha os olhos e esfria o meu coração
Quem pode dizer aonde estará
O amor que eu vi e que ninguém mais verá?
Se o peão se foi só posso dizer
Que o rancho está ainda sem bem querer
E o catre vazio não é de ninguém
Se não do moreno que um dia, quem sabe não vem?
Quando a tarde cabocla de um cinza tão fundo
Se encerra no mundo eu o sinto chegar
Montado no flete plantando sorriso
Com seu olhar preciso tão trigueiro a mirar
O vejo com a cuia morena do mate
Que com a aurora meu peito esquentou
Se sorvo tão quieta em manhãs tão solita
Devo ao gosto lavado do mate que há muito amargou
Quem pode dizer aonde estará
O amor que eu vi e que ninguém mais verá?
Se o peão se foi só posso dizer
Que o rancho está ainda sem bem querer
E o catre vazio não é de ninguém
Se não do moreno que um dia, quem sabe não vem?



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