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Contracanción III
Alberto Zitarrosa
Contracanción III
Contracanción III
Dona Solidão: fique quieta na sua madeira, não diga à sua pátria que éramos nossos, Bairro Sur... quão distantes os dias do sótão, quando enterrávamos coronéis com salvas de fogos, sob as janelas dessas humildes pensões de Yaguarón... Não me venda mais a amarra lírica, a milonga bonitinha e sozinha até que foi aplaudida e envelheceu de repente... Não me cante mais pássaros enjaulados ou mortos, periquitos de Roxlo, borboletas negras... Não me venda o lamento dos que não amam nem o ar zombeteiro do retobao, que pode viver do mesmo jeito, e além disso, é vendido pela companhia impresso em discos... Não me diga o que a canção quer, nem para onde vai quem se vai, já não voltará... Não voltará milonga, guitarra negra, quem se foi... como me diz o tango velho e safado de verdade, mas melancólico e só nosso, mas nosso de verdade: o tempo que se foi, se foi para sempre, e o mesmo o louco Antonio que era comunista amou e morreu, lutou ferozmente com as corvinas do seu rio para viver, para continuar lutando de macacão, e morreu e não volta, e não há lua que valha nem crescente que me mostre que ele amava o rio como a uma mulher... Que pena, milonga, que quase não nos doa nada agora, exceto a morte do estudante quando aquele tiro escapuliu, você se lembra?... Que pena que não nos doíam os nomes, o nome de não sei quem. E agora... não te doem de verdade vários Fernández, vários fuzilados, vários ossos quebrados, os suicídios estranhos, o estudante morto por acaso quando outro tiro escapuliu do repressivo?... Não me toque o violino Becho, não beba esse vinho do negro milongueiro, nem cante com Manolo, a milonga mãe nunca foi flamenca e o neném desajeitado não nasceu, assim como está morta para sempre a esperança de amanhecer entre lírios, hoje em dia... O futuro está aí e sangra... só de entrada, está mal ferido e xinga, sangra e mastiga o freio como uma grande besta deitada, mas imortal... Não há como feri-lo, nem com balas de canhão o perfuram para sempre... Assim como a sua canção, milonga, o ferro que a vulnera passa através da sua vida e se crava no osso... Assim entrará na adolescência: blindado... E não lhe cantem milongas.Doña Soledad: quédese quieta en su madera, a vos patria no digas que eras nuestra, Barrio Sur... qué lejanos los días de la buhardilla, cuando enterrábamos coroneles con salvas de fogueo, bajo las ventanas de esas humildes pensiones de Yaguarón... Ya no me vendas la coyunda lírica, la milonga tiernita y sola hasta que fue aplaudida y envejeció de golpe... Ya no me cantes pájaros enjaulados o muertos, pericones de Roxlo, mariposas negras... No me vendas el lamento de los que no aman ni el aire burlón del retobao, que igual puede vivir, y además lo vende la compañía impreso en discos... No me digas qué quiere la canción, ni a dónde va el que se va, ya no volverá... No volverá milonga, guitarra negra, el que se fue... como me dice el tango viejo y fulero de verdad, pero melancólico y sólo nuestro, pero nuestro de veras: el tiempo que se fue, se fue para siempre, y lo mismo el loco Antonio que era comunista amó y murió, peleó rabiosamente con las corvinas de su río para vivir, para seguir peleando de overol, y murió y no vuelve, y no hay luna que le valga ni creciente que me demuestre que estaba amando al río como a una mujer... Qué pena, milonga, que no nos duela casi nada ahora, salvo la muerte del estudiante cuando se escapó aquel tiro ¿te acordás?... Qué pena que no nos dolían los nombres, el nombre de no se quién. Y ahora... ¿no te duelen de veras varios Fernández, varios fusilados, varios huesos partidos, los suicidios raros, el estudiante muerto de casualidad cuando se le escapó otro tiro al represivo?... No me toques el violín Becho, no bebas ese vino del negro milonguero, ni cantes con Manolo, la milonga madre nunca fue flamenca y el nene patudo no nació, lo mismo que está muerta para siempre la esperanza de amanecer entre lirios, hoy por hoy... El futuro está ahí nomás y sangra... nomás de entrada, está mal herido y putea, sangra y masca el freno como una gran bestia echada, pero inmortal... No hay con qué darle, ni con balas de cañón lo perforan para siempre... Como a tu canción, milonga, el hierro que lo vulnera pasa a través de su vida y se le clava en el hueso... Así entrará a la adolescencia: acorazado... Y no le canten milongas.



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