O Gaúcho

Nasci gaúcho e morrerei gaúcho
E dou-me ao luxo de brigar ao tempo
Se me estropear seráo azar da sorte
Porem a morte não me abate o medo
Só tenho amor quando me fascina
Pois pego a China levo pro ranchito
Mas se não presta também lá não fica
E adeus tia chica, que é melhor solito

Se o pensamento me devolve ao pago
Busco num trago sufocar a magoa
Pego na viola e o meu canto chora
E nesta hora eu banho os olhos d’água
Gaúcho velho alma de índio vago
De pago em pago seguirei rolando
Se eu não voltar por meu rincão, paciência
Minha querência morrerei chamando