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Rude Franqueza

Alda Garrido

Se a mulher compreendesse o seu valor
Olhava sempre para o homem com desdém
Pois quando o mesmo nos quer roubar o amor
Finge-se mesmo delicado, vai e vem
Suas palavras são peçonhas venenosas
Para que possa nos roubar o coração
Eles emprestam juras falsas, enganosas
Que assim possam perdoar-lhe a traição

Amar com seriedade não é para qualquer
Amor sem falsidade é sempre o da mulher

Sim me arrependo abandonar o lar paterno
Quando julguei que por um homem era amada
Em poucos dias minha vida era um inferno
Até minh’alma estava já carbonizada
Se a mulher

Sentimento, lealdade
E a falsidade já no homem se destaca
Por vilania, egoísmo e falsidade

Amei pra nunca mais amar em minha vida
Abandonei meu pai e vivo aqui perdida

Deve a mulher dar preferência ao suicídio
Do que tentar amar um homem com pureza
Pois o ideal não passará de um homicídio
Que ele julga ser um ato de nobreza
Bato no peito com orgulho e digo aflita
Bato no peito e digo para quem quiser
Que morra o homem cuja dor
Que morra o homem pra sossego da mulher

Eu digo em alto tom, eu digo com conforto
Que o homem pra ser bom, devia nascer morto


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