La Strega E Il Diamante
Ogni sera cicchetto e brillantina, una litigata con lo specchio e vai con gli occhi bassi,
scendere da solo alla balera e da solo come un topo ritornare sui miei passi.
Una volta ho detto basta, cambio tutto, cominciamo con la strada, allora ne prendo una e vado dritto ... è un po' difficile.
Da un balcone una signora con le lanterne sulla pancia mi dice sali su che c'ho l'estate nella stanza, era inverno e son salito, arrivo su e lei che fa ...
mi canta una canzone ... E chi s' 'a scorda quaa canzone
Amure mio, a vita è n'estate lassa stari i corvi lassù
ca non c'è Dio ma c'è un cantu di streghe e n'tu lettu c'è un diamante che ho nascosto
e u poi pigghiari sulu tu.
E il giorno dopo so' caduto e m'è caduto il sangue caldo dal ginocchio
e sarà stata la sorpresa ma per la prima volta m'è caduta pure una lacrima dall'occhio ...
ostrega! Tre giorni che la cerco, tre giorni niente!
L'ho trovata poi una volta al bar a colazione ... "Senora soy el cane che la segue affamato
da tre dia e non la torva ... ma se lascia così un cane affamato?" (bauuuubauuubauuu)
disse di andare che non m'ha riconosciuto. M'ubriaco, torno a casa, m'addormento ....
E me risogno la canzone.
Amure mio, a vita è n'estate lassa stari i corvi lassù
ca non c'è Dio ma c'è un cantu di streghe e n'tu lettu c'è un diamante che ho nascosto
e u poi pigghiari sulu tu.
Mi sveglio e trovo un merlo tra i capelli, gli do un colpo di karate, lo stendo e vado al
cesso a litigare coi saponi: mi sciacquo, mi rispecchio e vedo bene che la signora aveva
tutte le ragioni ... Io non m'assomigliavo affatto e m'erano cresciuti due baffoni!
Ho capito tutto! E ogni sera desso, faccio quel che faccio: ogni volta cambio faccia e
ogni volta cambio nome, una notte sono agnello una leone pesce spada tamburino,
soldato mendicante ... E me ne sto così, sul letto, co' la strega e col diamante.
Ma stasera ero ubriacone o spagnolo? Boh? Ah veneto ... non ce capisco più
niente ... e 'ntu lettu c'è un diamante che ho nascosto e u poi pigghiari sulu tu.
A Bruxa e o Diamante
Toda noite, um trago e um brilho, uma briga com o espelho e vou com os olhos baixos,
descer sozinho pra balada e sozinho como um rato voltar pelos meus passos.
Uma vez eu disse chega, vou mudar tudo, começamos pela estrada, então pego uma e vou reto... é um pouco difícil.
De um balcão, uma senhora com lanternas na barriga me diz sobe aqui que eu tenho o verão no quarto, era inverno e eu subi, chego lá e ela faz...
me canta uma canção... E quem se esquece dessa canção?
Meu amor, a vida é um verão, deixa os corvos lá em cima
que não tem Deus, mas tem um canto de bruxas e na sua cama tem um diamante que eu escondi
só você pode pegar.
E no dia seguinte eu caí e meu sangue quente escorreu do joelho
e deve ter sido a surpresa, mas pela primeira vez uma lágrima caiu do meu olho...
caramba! Três dias que eu procuro, três dias nada!
Aí encontrei uma vez no bar na hora do café... "Senhora, sou o cachorro que a segue faminto
há três dias e não a encontro... mas como deixa um cachorro faminto assim?" (auuuuu)
disse pra eu ir embora que não me reconheceu. Eu me embriaguei, voltei pra casa, dormi...
E sonhei de novo com a canção.
Meu amor, a vida é um verão, deixa os corvos lá em cima
que não tem Deus, mas tem um canto de bruxas e na sua cama tem um diamante que eu escondi
só você pode pegar.
Acordo e encontro um melro no cabelo, dou um golpe de karatê, o derrubo e vou ao
banheiro brigar com os sabonetes: me enxugo, me olho e vejo bem que a senhora tinha
todas as razões... Eu não me parecia em nada e me cresceram dois bigodões!
Entendi tudo! E toda noite agora, faço o que faço: toda vez mudo de cara e
cada vez mudo de nome, uma noite sou cordeiro, outra leão, peixe-espada, tambor,
soldado mendigo... E fico assim, na cama, com a bruxa e com o diamante.
Mas essa noite eu estava bêbado ou espanhol? Sei lá? Ah, veneto... não entendo mais
nada... e na sua cama tem um diamante que eu escondi e só você pode pegar.