Go Outside!

Solidão e autossuperação em "Go Outside!" de Alessia Cara

Em "Go Outside!", Alessia Cara explora o impacto do isolamento e da ansiedade, especialmente no contexto pós-pandêmico. A repetição de "When I can't even go outside" (“Quando eu nem consigo sair de casa”) vai além de uma limitação física, representando um bloqueio emocional que impede a protagonista de se conectar com o mundo. O verso "I've been giving lessons starting at my ceiling" (“Tenho dado aulas começando pelo meu teto”) reforça a sensação de estagnação, mostrando alguém preso em pensamentos e rotinas solitárias, buscando sentido em detalhes do cotidiano.

Alessia Cara já comentou em entrevistas como a experiência de reclusão durante a pandemia influenciou a composição da música, tornando-a ainda mais relevante para quem enfrentou dificuldades para se reconectar socialmente. O trecho "Lonely in LA, I'm such a cliche" (“Sozinha em LA, sou tão clichê”) revela uma autocrítica, destacando o paradoxo de sentir-se solitário mesmo em um lugar cheio de oportunidades. Metáforas como "I've been stayin' frozen, I'm a broken wristwatch" (“Tenho ficado congelada, sou um relógio quebrado”) e "A moth to flame, as I am to shame" (“Uma mariposa para a chama, como eu para a vergonha”) expressam a paralisia emocional e a autossabotagem. Já "paint some life on my face" (“pintar um pouco de vida no meu rosto”) mostra o desejo de recuperar a vitalidade e a autenticidade. Assim, a música retrata a luta interna entre o conforto da solidão e a vontade de se abrir para o mundo, um sentimento comum e atual.