Not Anywhere

Solidão e isolamento emocional em "Not Anywhere" de Alex G

"Not Anywhere", de Alex G, aborda de forma direta a frustração de lidar com alguém emocionalmente distante. Logo no início, a música utiliza imagens como “auto-response to the commotion” (resposta automática à confusão) para mostrar a apatia e o vazio do outro. O verso “He looks like something that I'd see in a museum” (“Ele parece algo que eu veria em um museu”) reforça a ideia de que essa pessoa, apesar de parecer interessante à primeira vista, logo se mostra inacessível e sem profundidade, ampliando o sentimento de decepção ao tentar criar uma conexão real.

O refrão “He's not here, he's not there, he's not anywhere” (“Ele não está aqui, não está ali, ele não está em lugar nenhum”) destaca a ausência total dessa pessoa, principalmente no aspecto emocional. A música também traz um olhar para dentro, especialmente quando, no final, a perspectiva se inverte: “I'm not here, I'm not there, I'm not anywhere” (“Eu não estou aqui, não estou ali, não estou em lugar nenhum”). Isso sugere que o vazio e o distanciamento podem ser internalizados, criando um ciclo de isolamento. Frases como “There are no meds to pull his head out of this stupor” (“Não há remédios que tirem a cabeça dele desse torpor”) mostram a impotência diante da apatia do outro. Já a metáfora “He's like a sunburn / You'll always itch it til you scratch, you never learn” (“Ele é como uma queimadura de sol / Você sempre vai coçar até arranhar, você nunca aprende”) ilustra como padrões dolorosos se repetem em relações marcadas pela ausência emocional.