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Letra

    Desce rasa a vazante do verso
    Se não compreendo as águas que passam
    Sigo cantando, mirando a neblina
    Então a pupila sem cores festeja
    As cacimbas claras repletas de rimas
    Então a pupila noturna celebra
    A festa que aos poucos invade a retina
    Sobe muda a montante do verso
    Quando me rendo, eu enfrento a maré
    Sigo mirando essa fonte que mina
    Sigo cantando e mirando essa fonte que mina


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