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Inútil Talismã

Alexandre Lemos

Letra

    O rastro derradeiro de quem vai
    Duelo permanente, perda e rumo
    Que dura mesmo quando a chuva cai
    Bagaço quase transformado em sumo
    A fruta que não cabe num hai-kai
    Mas que também não vale uma novena
    E toda força estranha quando sai
    Só dói a dor de não valer a pena
    Adeus
    Inútil talismã
    Adeus
    Não digo até amanhã
    Se vai
    Então é nunca mais
    Adeus
    Colírio de aguarrás
    Moinho: vento, rio, grãos e pás
    E tanto faz a marca dos seus pés
    Não sou feliz mas posso estar em paz
    Na festa dos piratas no convés


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