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Marcão (part. Oscar Larroca)

Alfredo de Angelis

Marcao (part. Oscar Larroca)

Andaba de noche
Su pinta era brava
Vivía en las sombras
Del viejo arrabal

La huella de un tajo
Cruzado en su cara
Gritaba un recuerdo
De amor y percal

Por ella volvía
Y no la encontraba
Después de diez años
De intenso sufrir
Por ella su fama
De guapo arrastraba
Y no le importaba
Vivir o morir

Por sus ojos
Lo llevaron a una celda
Por sus trenzas
Por su amor y su percal

Una noche que alumbro
Su mala estrella
El rival cortó su cara
Y él, la vida del rival

Después cárcel
Siempre cárcel
Mal de ausencia
Y la voz de la conciencia
Castigando sin piedad

Del frío presidio volvió
Sin consuelo
Trayendo en el alma
Los vientos del sur
Y al verse tan solo
Abriéndose el pecho
Cerro para siempre
Sus ojos sin luz

No hay nadie a su lado
Ninguno lo llora
La lluvia en el techo
Le canta su adiós
Y tocan ha muerto
Golpeando las horas
La ronca campana
De un viejo reloj

Marcão (part. Oscar Larroca)

Andava de noite
Seu visual era bravo
Vivia nas sombras
Do velho arrabal

A marca de um corte
Cruzado em seu rosto
Gritava uma lembrança
De amor e percal

Por ela voltava
E não a encontrava
Depois de dez anos
De intenso sofrer
Por ela sua fama
De valente arrastava
E não se importava
Em viver ou morrer

Por seus olhos
O levaram a uma cela
Por suas tranças
Por seu amor e seu percal

Uma noite que iluminou
Sua má estrela
O rival cortou seu rosto
E ele, a vida do rival

Depois prisão
Sempre prisão
Mal de ausência
E a voz da consciência
Castigando sem piedade

Do frio presídio voltou
Sem consolo
Trazendo na alma
Os ventos do sul
E ao se ver tão sozinho
Abrindo o peito
Fechou para sempre
Seus olhos sem luz

Não há ninguém ao seu lado
Ninguém o chora
A chuva no telhado
Canta seu adeus
E tocam que morreu
Batendo as horas
A rouca campainha
De um velho relógio

Composição: Alfredo Francisco Roldan