395px

Menininha (part. Carlos Dante)

Alfredo de Angelis

Mocosita (part. Carlos Dante)

Vencido con el alma amargada
Sin esperanzas
Hastiado de la vida
Solloza en su orfandad
El pobre payador
Sin hallar un consuelo a su dolor

Colgada de un clavo
La guitarra
En un rincón
La tiene abandonada
De su sonido
Ya no le importa nada
Tirado en una cama
No hace más qué llorar

Y en alguna ocasión
Solo se escucha esta canción
Mi mocosita no me dejes morir
Volve te ruego
Qué no puedo vivir

Oh sí supieras
Las veces que he soñado
Que de nuevo
Te tenía a mi lado

Oh mi mocosita
No seas mala y cruel
No me abandones
Quiero verte otra vez

Mocosita no me dejes
Qué me mata
Poco a poco tu desdén

Dormía tranquilo el conventillo
Nada turbaba el silencio de la noche
Cuando se oyó sonar
Allá en la obscuridad
El disparo de una bala fatal

Corrieron ansiosos los vecinos
Que presentían
El final de aquel drama
Y se encontraron
Tirado en una cama
Sobre un charco de sangre
Al pobre payador

Pero antes de morir
Alguien le oyó cantar así
Mi mocosita no
Seas mala y cruel
No me abandones
Quiero verte otra vez
Mocosita no me dejes
Qué me mata
Poco a poco tu desdén

Menininha (part. Carlos Dante)

Vencido com a alma amargurada
Sem esperanças
Cansado da vida
Solua em sua orfandade
O pobre cantor
Sem encontrar consolo para sua dor

Pendurado em um prego
O violão
Em um canto
Ele o tem abandonado
De seu som
Já não se importa com nada
Deitado em uma cama
Só faz chorar

E em alguma ocasião
Só se ouve esta canção
Minha menininha, não me deixe morrer
Volte, eu imploro
Não consigo viver

Oh se soubesse
As vezes que sonhei
Que de novo
Te tinha ao meu lado

Oh minha menininha
Não seja má e cruel
Não me abandone
Quero te ver de novo

Menininha não me deixe
Que me mata
Pouco a pouco seu desdém

Dormia tranquilo o cortiço
Nada perturbava o silêncio da noite
Quando se ouviu soar
Lá na escuridão
O disparo de uma bala fatal

Correram ansiosos os vizinhos
Que pressentiam
O final daquele drama
E encontraram
Deitado em uma cama
Sobre uma poça de sangue
O pobre cantor

Mas antes de morrer
Alguém o ouviu cantar assim
Minha menininha não
Seja má e cruel
Não me abandone
Quero te ver de novo
Menininha não me deixe
Que me mata
Pouco a pouco seu desdém

Composição: Víctor Soliño