Seis de Enero (part. Carlos Dante)
Rey mago baltazar
Que como yo eres negro
Que vives en el cielo
Tan cerca del señor
Que traes los regalos
Para los niños buenos
Yo no te pido nada
Ni un zulqui ni un tambor
Tan solo yo quisiera
Que a todos esos niños
Qué siempre me hacen burla
Y ofenden mi color
Le digas cuando vuelvas
Que Dios está enojado
El sabe que me llaman
Riendo tíoTom
Si vieras cuántas noches
Me arrinconé llorando
Al cielo preguntando
Porque, porque Señor
Se burlan de este modo
Me miran con desprecio
Me ponen sobrenombres
Y ofenden mi color
Acaso nuestra historia
No habla de falucho
Aquel heroico negro
Leal a san Martin
Que antes de entregarles
A otro su bandera
Pensó primero en ella
Y prefirió morir
Anoche quise ver
Que sangré había en mis venas
Con un trozo de vidrio
Mi brazo desgarré
La sangré que brotaba
Si vieras no era negra
Me puse tan contento sabes
Que hasta llore
Por eso yo te pido
Que a todos esos niños
Le digas que no deben
Llamarme tío Tom
Que corre sangre roja
Bajo mi piel morena
Y tengo como ellos
También un corazón
Seis de Janeiro (part. Carlos Dante)
Rei mago Baltazar
Que assim como eu, é negro
Que vive no céu
Tão perto do Senhor
Que traz os presentes
Para as crianças boas
Eu não peço nada
Nem um brinquedo, nem um tambor
Apenas eu gostaria
Que para todas essas crianças
Que sempre zombam de mim
E ofendem minha cor
Você diga quando voltar
Que Deus está zangado
Ele sabe que me chamam
do Tio Tom rindo
Se você visse quantas noites
Me encolhi chorando
Para o céu perguntando
Por que, por que Senhor
Zombam assim de mim
Me olham com desprezo
Me chamam de apelidos
E ofendem minha cor
Acaso nossa história
Não fala de Falucho
Aquele heróico negro
Leal a San Martin
Que antes de entregar
Sua bandeira a outro
Pensou primeiro nela
E preferiu morrer
Ontem à noite quis ver
Que sangue corria em minhas veias
Com um pedaço de vidro
Meu braço rasguei
O sangue que jorrava
Se você visse, não era negro
Fiquei tão feliz, sabia
Que até chorei
Por isso eu te peço
Que para todas essas crianças
Diga a elas que não devem
Me chamar de Tio Tom
Que corre sangue vermelho
Sob minha pele morena
E tenho como eles
também um coração