Canción Panfletaria

Canção Panfletária

Canción Panfletaria

Quando a fome é poucaCuando el hambre se hace poca
Ou seja, que diminuiEs decir, que se hace menos
Nasce um filho pro povoQue le nace un niño al pueblo
E um pouco de fome vem (bis)Y un poco de hambre le toca (bis)

E o ventre que o pariuY el vientre que lo ha parío
De mulher trabalhadoraDe mujer trabajadora
O marido que tinhaEl marido que tenía
A deixou por agoraLa ha dejado por ahora
E talvez nunca mais volteY tal vez más nunca vuelva
Buscando um lugar pra dormirBuscando el catre de aurora

Mas de hoje em diantePero de hoy en adelante
Casou-se com suas mãosSe ha casado con sus manos
Pra não vender seu corpoPara no vender su sexo
E seu filho vai crescer (bis)Y crecerá su muchacho (bis)

Será panfletáriaSerá panfletaria
Minha canção não tem nomeMi canción no tiene nombre
Vou cantando pros homensLe voy cantando a los hombres
Desculpem-me se eu digoPerdónenme que les diga
Que quem enche a barrigaQue el que llena la barriga
Esquece quem não comeSe olvida del que no come

Eu pergunto pro cantorYo le pregunto al que canta
Se há tempo pra sutilezasSi hay tiempo pa' sutilezas
Procurando a soluçãoBuscándole la cabeza
Tem que matar a cobraHay que matar la culebra
Minha canção não copia escolaMi canción, no copia escuela
Nem busca poesiaNi rebusca poesía

Será panfletáriaSerá panfletaria
Mas milito com elaPero milito con ella
Até quando essa palhaçadaHasta cuando esa mariquera
De canção que diz que protestaDe canción dizque protesta
E deixam embaixo da mesaY dejan bajo e'la mesa
O cerne do problemaEl meollo del problema

Eu não perfumo o estercoYo no perfumo el estiercol
Pra que fique bonitoPa' que me salga bonita
E o burguês lá em sua cadeiraY la escuche regodeao
Escute se regozijandoEl burgués allá en su silla