Festival da Floresta
Vamos dormir sob a lua azul
Apesar de eu não querer mais ouvir
Como o triste conto de fadas iria continuar
Uma bruxa verde começou a cantar
E sorri, escovando um longo cabelo
E o réquiem dos espíritos começou assim
No meio da floresta encontrei um castelo
E eu me precipitei em direção a ele imediatamente, mas ele era só
Uma ilusão projetada pelas enormes árvores lá
Um jardim de rosas entre o nevoeiro cantando
Tudo o que aquela imagem falsa me mostrou
Sem dúvida, agora é hora das bruxas
É assustador, tudo está no escuro
Depois de ter caminhado sobre a terra descalça
Insetos inomináveis juntaram-se a mim
Mas a lagarta jogou seu feitiço sem palavras
E, antes que eu desse conta, estava hipnotizada e imóvel
Não posso fugir mais daqui.
É um mundo cegador, suas asas prateadas estão rolando ao meu redor
Os cordeiros perdidos estão no altar
E no meio da completa escuridão, tudo está sendo revelado
Se até minhas unhas ficarem pálidas
Danço parada de mansinho
A doçura única de seus lábios
Na sombra dos morcegos batendo as asas
Assistindo um ao outro imóveis de pé
Um contraste desequilibrado
Se nos agarrarmos, aceitaremos tudo
Duendes malignos de mãos dadas e com olhos doces
As sementes das flores murmuram e a água grita
Abrace, por favor, meu corpo tremulente
Antes que você perceba, tudo se tornará verdadeiro
Nunca mais vou conseguir escapar daqui
Eu viverei tendo asas e esquecendo tudo
A garota com infortúnio está no altar.
E sobre seu corpo assustado, vozes rindo estão ecoando
Nas profundezas da floresta já começa a clarear