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Confissões

Alibi de Orfeu

Letra

    A noite fria
    Andando à toa devagar
    Alma vazia
    O santo e o profano
    Disputando o seu lugar
    Lá na esquina
    Um corpo dança sem parar
    De bar em bar, ouvindo
    Ouvindo vozes, vozes murmurar

    (Refrão)
    Já não existem rimas
    Pra que eu possa confessar
    Os meus desejos
    Tudo virou rotina
    Não, assim não dá

    Na madrugada
    As ruas passam sem parar
    Estão indo embora
    Pra esquecer o tempo que passou
    A vida é um filme
    Pra tudo aquilo que se faz
    São cenas soltas
    Pra aqueles momentos que lhe traem

    (Refrão)
    Já não existem rimas
    Pra que eu possa confessar
    Os meus desejos
    Tudo virou rotina
    Não, assim não dá

    Lá de cima pelos olhos da rapina
    A noite vira dia
    Tudo vira caça
    Não importa se é comida ou veneno
    Na selva é assim
    O bicho vai pegar


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