Dvizhenie vspiat'

Movimento para trás

Lágrimas pararam de fluir,
Corrija seu direito.
Hoje vamos cantar a maré
Da margem vamos atravessar.
Hoje o céu vai explodir em chuva,
Desenhando relâmpagos na curva.
As florestas, com seu poder,
Levantam a terra do chão.

Jogando fora a sujeira das sementes não brotadas,
Limpando a banheira,
Com ervas suculentas vou cobrir a sagrada cama!

Estamos começando o movimento para trás,
Estamos cansados de ficar em silêncio!
Estamos indo, ei, passo firme!
A partir de agora vamos cantar assim!
E só assim!

A terra está coberta pelo cheiro das cidades,
Reescrevendo a essência.
Nuvens rasgadas de pântanos venenosos
Correm pelo céu como mercúrio.
Dedos pegajosos através da tela
Nos mostram nossos lugares.
Manchas alaranjadas de jornais
Pisoteiam a memória da Cruz.
Limpando os nomes dos deuses adormecidos,
Cavalo-livre, na sela de abril.
Com ervas suculentas vou cobrir a sagrada cama!

O tempo leva o concerto
De mãos uníssonas.
Os uniformizados vigiam o salão,
Respondendo ao batido com outro batido.
O coro exalta o mundo,
Lendo as notas apenas da folha.
A cenografia drapeja a vida
Com os lábios de um dos nossos.
Arrancando a língua do juiz cego,
Colocando na mão do que vê a flauta,
Com ervas suculentas vou cobrir a sagrada cama!