In Vastness I Transfigure
Nothing in life could prepare me for such unendingness.
The cadence of my heart began to swell as I beheld what no man had ever before.
A simplistic procedure now the bane of my entirety.
From sternum to pelvis, the incision cleaves the sky above the silent tomes within.
And my eyes beheld such vastness that I had never know before.
This madness thus made flesh beneath me stretches beyond comprehension.
"Do these mortal eyes deceive?" I question as I kneel before eternity.
By what hands and through what means was this monstrosity, this endlessness entombed beneath the flesh of a man?
This index of untold dimensions and length containing every moment and thought of not only he, but of we the entire race.
Our very existence cataloged like fables in paper and ink.
Can such a word callous hearts such as it now shall mine forever?
Existence?
If we feeble things can call it such.
Enveloped in shadow, my heart in disarray, I descend through endlessness within.
My very purpose now in question for I remain so small amidst their glory (the stars).
The edge of the scalpel caresses my throat, a means to an end in fear of all I have known.
I have now only the screams of my former physical self.
The sound of its suffering comforts me for it is all I know in this infinite darkness.
Na Imensidão Eu Me Transfiguro
Nada na vida poderia me preparar para tamanha eternidade.
A cadência do meu coração começou a crescer ao contemplar o que nenhum homem jamais viu.
Um procedimento simples agora é a maldição de toda a minha existência.
Do esterno à pelve, a incisão corta o céu acima dos tomos silenciosos dentro de mim.
E meus olhos viram uma vastidão que eu nunca conheci antes.
Essa loucura, agora feita carne sob mim, se estende além da compreensão.
"Esses olhos mortais me enganam?" eu questiono enquanto me ajoelho diante da eternidade.
Por quais mãos e por quais meios essa monstruosidade, essa eternidade, foi enterrada sob a carne de um homem?
Esse índice de dimensões e comprimentos incontáveis contém cada momento e pensamento não só dele, mas de nós, toda a raça.
Nossa própria existência catalogada como fábulas em papel e tinta.
Pode uma palavra tão cruel tocar corações como o meu agora será para sempre?
Existência?
Se nós, seres frágeis, podemos chamá-la assim.
Envolto em sombras, meu coração em desordem, eu desço pela eternidade dentro de mim.
Meu propósito agora em questão, pois eu permaneço tão pequeno em meio à sua glória (as estrelas).
A ponta do bisturi acaricia minha garganta, um meio para um fim, temendo tudo que conheci.
Agora só me restam os gritos do meu antigo eu físico.
O som do seu sofrimento me conforta, pois é tudo que eu conheço nesta escuridão infinita.