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Letra

    Ainda hoje me lembro
    Era manhã de setembro
    De Sol com intenso brilho
    Eu, à frente, abrindo as covas
    Chiquinha, menina nova
    Vinha atrás plantando o milho

    O Sol dava um bronzeado
    No seu corpinho rosado
    Lhe dando uma cor morena
    Cada grão que ela plantava
    Uma esperança brotava
    Como brota uma açucena

    A natureza não erra
    Vi os grãos rachando a terra
    E o broto nasceu robusto
    Em cada braça do eito
    Coração roçava o peito
    Como o vento no arbusto

    O milho cresceu depressa
    Parecia uma promessa
    Na minha boca granando
    E no tempo da colheita
    Chiquinha, menina feita
    Era espiga se empalhando

    Numa tarde de pamonha
    Eu, sem jeito, com vergonha
    Já pressentia o perigo
    Fui buscar no milharal
    Mais milho para o curau
    E Chiquinha foi comigo

    Quebrando milho na chuva
    Eu tropeçava nas curvas
    Do seu corpinho molhado
    Debaixo do pé de milho
    Como espigas no atilho
    Ficamos os dois atados

    Passou o ano e desta feita
    Vou fazer outra colheita
    O tempo foi bom pro milho
    Enquanto os pés soltam espigas
    Chiquinha solta a barriga
    Pra colhermos nosso filho

    Composição: Hamilton Inácio / Andrade. Essa informação está errada? Nos avise.

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