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Caipira Urbano/ Convite Ao Moço da Cidade

André Mola

Letra

    Fim de semana todos saem no verão
    Pego o carro, pé na estrada, pra baixada não vou não
    Levo na mala o arreio pro burrão
    O ar puro e a paisagem descortinam a imensidão
    E imagino estrelas
    É o luar do meu sertão

    Ê mundo sem fim!

    É tão bonito da gente se alembrá
    Da viola, do catira e das frutas no pomar
    Cantando alegre em cima do Jequitibá
    Curruira e Jaó, Cuitelinho e Sabiá
    A natureza é festa
    Tudo na terra faz brotar

    Ê mundo sem fim!

    Cada morada peço a Deus, seja louvada
    Que a querência desse povo, nunca deixe de existir
    Pra mó de a gente que é caipira da cidade
    Busca a paz e a liberdade, num céu que não é daqui

    De manhanzinha, vejo o sol tão alteroso
    Pego o pala aconchegoso que me dá satisfação
    Deu meio-dia e a fome tá ligeira
    Pego vara e cartucheira, pra pescá no ribeirão
    E vai-se embora o bote
    Traíra ao molho no fogão

    Ê mundo sem fim!

    Mais uma tarde, armo a rede na Paineira
    Guaiçara e Guaiuvira fazem a sombra espichá
    Bem a noitinha, a fogueira tá acesa
    Cambuquira vai pra mesa e todo mundo quer posá
    E ouvir o som do vento
    Que remexe o cafesá

    Ê mundo sem fim!

    Cada morada peço a Deus, seja louvada
    Que a querência desse povo, nunca deixe de existir
    Pra mó de a gente que é caipira da cidade
    Busca a paz e a liberdade, num céu que não é daqui


    Convite ao moço da cidade

    Pra mó di vivê a vida
    Tem di tê simpricidade
    Tanto faiz si ocê é caipira
    Ou si vévi na cidade

    O amô que há no mundo
    Num cabe dentro dum só peito
    Mais nóis insiste em amá poco
    E mantê nossos defeito

    Êta gente priguiçosa
    Qui só pensa em vida mansa
    O trabaio é uma bença
    Seje ele nossa herança

    Pruquê qui ainda ixisti inveja
    Si nóis pode tudo iguar
    A bondadi, vem lá di Deus
    Mas o ódio, lá do tar

    Num dumingo a gente vamo
    Pra igreja pra rezá
    E quando o padre finda a missa
    Já é hora de armoçá

    Pra passeá co'as criança
    A gente vamo pra pracinha
    Nóis vai tudo de poisé
    Toma sorvete de tardinha

    Prus meus fio eu sempre insino
    Que devemo sê honesto
    Que caráter nóis num mostra só na língua
    Mais no gesto

    Minha famía é feliz
    Porque Deus é muito bão
    E procê que aí me escuita
    Vô sê craro no meu tão

    Si ocê é da cidade
    Tamém podi consigui
    Mais si ocê acha que é difíci
    Passe uns dia por aqui


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