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P.N.S.U.R.H.Q.S.U.R. (Lembrança Maluca)

Andrés Calamaro

P.N.S.U.R.H.Q.S.U.R. (Recuerdo Reloco)

Hm-hm-hm-hm

Me agarró la lucidez total y quiero perderme un poco
Para no ser un recuerdo hay que ser un reloco
Lo dijo peralta ramos, y lo transcribió martínez, y lo leí
Y tengo mala memoria pero lo aprendí

De acuerdo, y poco a poco
Para no ser un recuerdo habrá que ser un reloco
¿Y quién te va a perdonar no hacer exactamente lo mismo?
Todos los abismos están prohibidos o mal vistos, es lo mismo

Es sábado a la noche apenas me enteré, eso cálculo
No veo la televisión ni disimulo, vos estarás rascándote el culo
Yo no hago nada más que lo que me corresponde
Y es verdad, hago demasiado a veces del otro lado

Debo ser un bohemio, una especie de otro milenio
Un maldito que pasó a la acción armada
Fue un desastre o no pasó nada
Es otra cosa que el tiempo dejará enterrada

Hm, vuelvo por cabildo como cuando era potrillo
No uso color amarillo pero brillo
A cambio de algo por determinar
Otro contrato sin firmar

Y sin hogar y sin soportar una cocina
Pero el tiempo no se termina
Y queda gasolina y futuro, el futuro, el presente es duro
Se presenta con su chicle de menta, pero algo se inventa

P.N.S.U.R.H.Q.S.U.R. (Lembrança Maluca)

Hm-hm-hm-hm

Me bateu uma lucidez total e quero me perder um pouco
Pra não ser só uma lembrança, tem que ser meio maluco
Foi o Peralta Ramos que disse, e o Martínez que escreveu, e eu li
E tenho memória ruim, mas isso eu aprendi

Certo, e aos poucos
Pra não ser só uma lembrança, tem que ser meio maluco
E quem vai te perdoar por não fazer exatamente o mesmo?
Todos os abismos são proibidos ou mal vistos, dá na mesma

É sábado à noite, mal percebi, acho que sim
Não vejo televisão nem finjo, você deve estar coçando o rabo
Eu não faço nada além do que me cabe
E é verdade, às vezes faço demais do outro lado

Devo ser um boêmio, uma espécie de outro milênio
Um desgraçado que partiu pra ação armada
Foi um desastre ou não aconteceu nada
É outra coisa que o tempo vai enterrar

Hm, volto pela Cabildo como quando era moleque
Não uso amarelo, mas brilho
Em troca de algo a ser determinado
Outro contrato sem assinar

E sem lar e sem aguentar uma cozinha
Mas o tempo não acaba
E ainda tem gasolina e futuro, o futuro, o presente é duro
Se apresenta com seu chiclete de menta, mas algo se inventa

Composição: Andrés Calamaro