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Letra

    A peleia em seu consumo
    É um coice na maneia;
    Onde a teoria se afunda
    E a experiência tece a teia.
    Quando se fecha o tempo
    E a calma se arrebenta,
    É no que corre nas veias
    Que a peleia se sustenta.

    Tem a fome de uma espora
    E a alma de um tronco oco;
    O que se ergue hora a hora
    Ela destrói soco a soco.
    O mal se mostra bem galo,
    O bem se manda a la cria;
    E o laço afofa de pealo
    Quem quer fazer judiaria.

    Quando se ensaia uma “cosa”
    Onde a prosa é muito feia;
    É desafio onde a tosa
    Pela a pele da peleia!
    O golpe seco da adaga
    Apara o coice da bota;
    O mango vem na direita
    E o pelego na canhota!

    Não adianta olhar tão feio,
    Não assusta o ar parado;
    Se a peleia racha ao meio
    Não tem santo nem coitado.
    Quem tem cerne se garante,
    Quem não tem já se afumaça;
    Quem tem medo paga o preço,
    Que a coragem vem de graça.

    A peleia em seu resumo
    É muito mais que puaço;
    É onde a vida se agüenta
    No que a gente traz no braço.
    Pra ganhar uma peleia
    Não tem mais forte ou mais fraco;
    Quem se cresceu, junta a lenha,
    Quem perdeu, junta os cavacos!

    Composição: Carlos Omar Villela Gomes / Marcelo Oliveira / Paulo Righi. Essa informação está errada? Nos avise.

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