The Course Of Nature

Mudança e tempo em "The Course Of Nature" do Angra

"The Course Of Nature", do Angra, explora a sensação de impotência diante das forças naturais e do tempo, temas que ganham força com a sonoridade mais pesada e direta da banda nessa fase. A introdução com berimbau faz uma ponte entre a tradição brasileira e a ideia de ciclos e raízes, reforçando o conceito de transformação constante. A letra destaca essa mudança inevitável com versos como “Across the ages the world has been / Changing, it's drifting in space” (Ao longo das eras o mundo tem mudado / Está à deriva no espaço), mostrando que tudo está em movimento e nada permanece igual.

O tom melancólico aparece quando a música fala sobre guardar memórias e a passagem do tempo, como em “The rest of you that still remain / Guarding your memories, now sleep” (O resto de você que ainda permanece / Guardando suas memórias, agora durma). A repetição de “Life will never, never be the same / Time runs over / The course of nature's way” (A vida nunca, nunca será a mesma / O tempo passa / O curso do caminho da natureza) reforça a ideia de que as mudanças são inevitáveis e independem da vontade humana. Outros trechos, como “All day you feel lonely / Cause you know / The years have gone by / They'll never come again” (O dia todo você se sente sozinho / Porque sabe / Os anos se passaram / Eles nunca voltarão), abordam a solidão e a nostalgia pelo que já foi. Por fim, “Life is overrated / But who will ever know” (A vida é superestimada / Mas quem saberá?) traz uma reflexão existencial sobre o valor da vida. Assim, a música usa imagens do tempo e da natureza para falar sobre a fragilidade humana e a inevitabilidade das mudanças, criando uma atmosfera reflexiva e melancólica.