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Galleguinha (part. Nelly Vázquez)

Anibal Troilo

Galleguita (part. Nelly Vázquez)

Galleguita, la divina
La que a la playa Argentina
Llegó una tarde de abril

Sin más prendas, ni tesoro
Que tus negros ojos moros
Y tu cuerpito gentil

Eras buena, eras honrada
Pero no te valió nada
Otras rodaron igual

Y te fuistes galleguita
Después de la primer cita
A parar en el Pigall

Sola y en tierras extrañas
Su caída fue tan leve
Que como bola de nieve
Tu virtud se disipó

Tu obsesión era la idea
Juntar mucha platita
Para la pobre viejita
Que allá en la aldea quedó

Pero un paisano malvado
Loco por no haber logrado
Tus caricias y tu amor

Ya pérdida la esperanza
Volvió a su pueblo el traidor
Y envenenando la vida
De tu viejita querida
Le contó tu perdición

Así fue que el mes pasado
Te llegó un sobre enlutado
Que enlutó tu corazón

Y hoy te veo galleguita
Sentada, triste y solita
En un rincón del Pigall

Y la pena que te mata
Claramente se retrata
En tu palidez mortal

Ya no sos la galleguita
Que llegó una mañanita
En aquel día de abril
Sin más prendas ni tesoros
Que tus negros ojos moros
Y tu cuerpito gentil

Galleguinha (part. Nelly Vázquez)

Galleguinha, a divina
A que chegou na praia Argentina
Numa tarde de abril

Sem mais roupas, nem tesouro
Que teus olhos negros e morenos
E teu corpinho gentil

Você era boa, era honesta
Mas isso não valeu de nada
Outras também se foram assim

E você foi, galleguinha
Depois do primeiro encontro
Parar no Pigall

Sozinha e em terras estranhas
Sua queda foi tão leve
Que como bola de neve
Sua virtude se dissipou

Sua obsessão era a ideia
Juntar muita grana
Para a pobre velhinha
Que lá na aldeia ficou

Mas um cabra malvado
Louco por não ter conseguido
Teus carinhos e teu amor

Já sem esperança
Voltou para sua cidade o traidor
E envenenando a vida
Da sua velhinha querida
Contou sobre sua perdição

Assim foi que no mês passado
Te chegou uma carta de luto
Que enlutou seu coração

E hoje eu te vejo, galleguinha
Sentada, triste e sozinha
Num canto do Pigall

E a dor que te consome
Claramente se retrata
Na sua palidez mortal

Você já não é a galleguinha
Que chegou numa manhã
Naquele dia de abril
Sem mais roupas nem tesouros
Que teus olhos negros e morenos
E teu corpinho gentil

Composição: Alfredo navarrine