Marioneta (part. Floreal Ruiz)

Marionete (part. Floreal Ruiz)

Marioneta (part. Floreal Ruiz)

Tinha aquela casaTenía aquella casa
Não sei que encanto suaveNo sé qué suave encanto
Na beleza simplesEn la belleza humilde
Do pátio colonialDel patio colonial

Coberta no verãoCubierta en el verano
Por seu manto floridoPor él florido manto
Que as glicínias teciamQue hilaban las glicinas
A parreira e a roseiraLa parra y él rosal

Se eu te vejoSi me parece verte
A saia curtaLa pollerita corta
Sobre um banco inclinadoSobre un banco empinadas
As pontas dos teus pésLas puntas de tus pies

Os cachos bagunçadosLos bucles despeinados
E contemplando absortaY contemplando absorta
Os fantoches que falavamLos títeres que hablaban
Inglês, russo e francêsInglés, ruso y francés

Lá em cima, dona RosaArriba doña Rosa
Seu Pânfilo ligeiroDon Pánfilo ligero
E aquele marionetistaY aquel titiritero
De voz embriagadaDe voz aguardentosa
Nos dava a apresentaçãoNos daba la función

Teus olhos se extasiavamTus ojos se extasiaban
Aquelas marionetesAquellas marionetas
Saltavam e dançavamSaltaban y bailaban
Acendendo em tua alma inquietaPrendiendo a tu alma inquieta
A emoção calorosaLa cálida emoción