Una Carta (part. Francisco Fiorentino)

Um Cartão (detalhe Francisco Fiorentino)

Una Carta (part. Francisco Fiorentino)

VelhaVieja
Uma dúvida cruel me atormentaUna duda cruel me aqueja
E é mais forte que essa gradeY es más fuerte que está reja
Que me serve de prisãoQue me sirve de prisión

Não é que eu me amargueNo es que me amargue
Com a tristeza do meu cativeiroLa tristeza de mi encierro
Nem o fato de estar igual a um cachorroNi el estar igual que un perro
Amontoado em um cantoArrumbao en un rincón

QueroQuiero
Que me diga com sinceridadeQue me diga con franqueza
Se é verdade que do meu quartoSi es verdad que de mi pieza
Outro homem se tornou donoSe hizo dueño otro varón

Diga, mãe, se é verdadeDiga madre si es cierto
Que a infameQue la infame
Aproveitando que estou presoAbusando que estoy preso
Me enganouMe ha engañao
E se é verdade que o molequeY si es cierto que al pebete
Foi deixadoLo han dejao
Na casa dos meninosEn la casa de los pibes
Sem larSin hogar

Se assim forSi así fuera
Que se dane a cadelaMalhaya con la perra
Um dia eu vou sairAlgún día he de salir
E então, velhaY entonces vieja
Eu juro pela cruzSe lo juro por la cruz
Que fiz na gradeQue hice en la reja
Que essa dívida com minha facaQue esa deuda con mi daga
Eu vou cobrarHe de cobrar