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Ilha de Calor

Anomia

Letra

    É Bakunin no flow, alma evapora ilha de calor
    Jacobina guilhotina é tempo de terror
    Não é Jesus quem vai trazer a vitória do amor
    Cês ta vendido pro demônio almejando o sabor

    Na noite fria frita mente na lata
    Na treva queima pedra deve a vida morre ou mata
    Foda-se o papa, nazi pela cruzada
    Favela inflama na lama os verme sobe a escada

    Operação com trinta morte é a besta
    Milicia brinda malicia fogo maçônica seita
    O olho mágico ta preso no poste e
    Ta te vigiando mesmo que odeie ou goste

    E eu, tô só o ódio minha caneta escorre
    Anomia suicida é anarquia no corre
    Peão se afoga no porre
    Cia tramando com temer Illuminati planejando minha morte

    Chuva de lava vem corroendo minha carcaça
    Comparsa joga na raça queimando governo farsa
    Sangue e desgraça, verme mata os menor na praça
    No asfalto pivete morre em chacina da candelária

    E o relógio corre, mais uma vez no banco da praça
    O suor escorre, incidência dos raios solares
    Perdi o norte, realidade aqui arregaça
    E é outro porre, secando as garrafa e os mares

    Sem trato com a corte, deles é só trote
    Tô firme e forte no corre da palavra
    que é arma e deflagra o lobby da nata
    É o helicoca no transporte da carga disseminando a morte

    Sai de pinote, sumindo pela fenda
    No tumulto me camuflo,
    mas não enxergo, cego pelos holofote
    Expondo a vida a venda,
    e a grita do caos reverberiza no concreto

    Formo o elo, na salvação de quem perece
    O capital rege, entrete o povo, globo ambev
    Investe na peste que deixam as mentes inertes
    E a espécie apodrece declarando o fim em breve

    O sangue ferve a mil graus centígrados
    Cidade aquece e tudo isso te agradou
    Mas cortando na goela lá vai outro gole,
    olho pro céu e lá de cima cai e cai

    Não é tirando não né ficção minha dicção
    Convicção, eu vi que são mané
    Com o pé no chão até enquanto chão tiver
    Tacando fogo na ignição, mente blindada na introspecção

    Com a minha facção, rap infecção
    Levada estraçalha os canalha no pique Paquistão
    Cê pode pá que estão,
    com a alma vendida barata pro império do cão

    É quem amassa o pão, te faz de tolo
    Cachaça arregaça, olha os coroa na praça de novo
    Somos parte de um todo, de um todo uma parte
    No eterno combate entre a polícia e o morro

    Conspiro tonto um tanto louco
    Enfrento o veneno sem pranto
    Só me deixa rimando por mais um tempo
    Operação dos porco verme que chega atirando
    Deixa menor sangrando estirado no cimento


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