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Florilégio

Antonio Nóbrega

Letra

    Eu com madeira vou cantar
    Vou pra rua vou dançar com a multidão

    O dia amanheceu azul
    Azul tão lindo que me faz sonhar
    Se eu fosse um poeta popular
    Cantava as belezas desse dia sem voar
    Mas como eu não tenho o dom do saber
    Melhor esse dia esquecer
    Mas se madeira aparecer
    Eu não sei o que vai ser
    O que vou fazer então
    Eu com madeira vou cantar
    Vou pra rua vou dançar com a multidão

    E se aqui estamos cantando essa canção
    Viemos defender a nossa tradição
    E dizer bem alto que a injustiça dói
    Nos somos madeira de lenha e o cupim não rói

    Isso aqui ainda vai pegar fogo
    Quando o frevo esquentar
    Vou cair nesse passo de novo
    Vou botar é pra quebrar

    Isso aqui ainda vai pegar fogo
    Quando o frevo esquentar
    Vou cair nesse passo de novo
    Vou botar é pra quebrar

    Eu não vou embora nem por um milhão
    Tá ficando bom agora eu daqui não saio não

    Eu não vou embora nem por um milhão
    Tá ficando bom agora eu daqui não saio não

    Roda roda roda e avisa que a alegria explodiu no ar
    O velho guerreiro sorrindo subindo subindo foi pro céu brincar
    Roda roda roda que a vida é um sonho que vai terminar
    E o bom palhaço não chora e vai embora sem explicar

    Quem vai querer abacaxi banana e bacalhau
    Olha a mãe do russo e a buzinada pro seu nicolau
    Vem reviver toda alegria do seu carnaval
    Alo alo teresinha aí que saudade do cassino do chacrinha

    Desembaça aí desembaça aí nosso carnaval
    O povo pede passagem não pode viver à margem não é marginal
    Desembaça aí desembaça aí nossa grande festa
    Vem dançar com o povo balançar de novo o chão da praça do poeta

    Lá vem lá vem o bloco mas cadê o bloco já passou
    Um bloco veloz feito um raio chamado sou eu teu amor

    Lá vem lá vem o bloco mas cadê o bloco já passou
    Um bloco veloz feito um raio chamado sou eu teu amor

    Por onde ele passa sacode alegria vapor
    Limão com cachaça na onda do frevo esquentou
    Lá vem o bloco um bloco chega um bloco passa

    É um raio que rompe que traça amassa espanta a dor
    Lá vem, lá vem o bloco chamado sou eu meu amor

    É um raio que rompe que traça amassa espanta a dor
    Lá vem, lá vem o bloco chamado sou eu meu amor

    Olha que isso aqui tá muito bom, isso aqui tá bom demais
    Olha quem lá fora quer entrar, mas quem tá dentro não sai

    Olha que isso aqui tá muito bom, isso aqui tá bom demais
    Olha quem lá fora quer entrar, mas quem tá dentro não sai

    Vou me perder, me afogar no teu amor
    Vou desfrutar, me lambuzar nesse calor

    E de fazer chorar, mas o dia amanhece ao ouvir o frevo acabar
    Oh quarta-feira ingrata chega tão depressa só pra contrariar
    E de fazer chorar, quando o dia amanhece obriga o frevo acabar

    Quem é de fato um bom pernambucano
    Espera um ano e se mete na brincadeira
    Esquece tudo pois cai no frevo e o melhor da festa chega quarta-feira
    Adeus adeus minha gente que já cantamos bastante
    Recife adormecia
    Ficava a sonhar ao som da triste melodia


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