exibições de letras 425
Letra

    No meio da claridade
    Daquele tão triste dia
    Grande, grande era a cidade
    E ninguém me conhecia

    Rostos, carros, movimentos
    Traziam noite e segredo
    Só eu me sentia lento
    E avançava quase a medo

    Só a saudade da pátria
    Longínqua, me acompanhava
    Quisera voltar à serra
    E ouvir o vento e a água brava

    Quisera voltar ao bosque
    Onde sei que sou lembrado
    Voltar às leiras de Afife
    E ouvir a canção tão mansa
    Do pastor que guarda o gado

    Mas nas ruas sinuosas
    Ainda o rumor crescera
    E eu contemplava assombrado
    Minhas mãos ontem com rosas
    Minhas mãos hoje de cera

    Então passaram por mim
    Uns olhos lindos depois
    Julguei sonhar vendo enfim
    Dois olhos como há só dois

    Em todos os meus sentidos
    Tive presságios de adeus
    E os olhos logo perdidos
    Afastaram-se dos meus

    Acordei e a claridade
    Fez-se maior e mais fria
    Grande, grande era a cidade
    E ninguém me conhecia

    Composição: Pedro Homem de Mello / Pedro Rodrígues. Essa informação está errada? Nos avise.

    Comentários

    Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

    0 / 500

    Faça parte  dessa comunidade 

    Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de António Pelarigo e vá além da letra da música.

    Conheça o Letras Academy

    Enviar para a central de dúvidas?

    Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

    Fixe este conteúdo com a aula:

    0 / 500

    Opções de seleção