Till I Die (feat. Solomun)

Busca por transcendência e êxtase em “Till I Die (feat. Solomun)”

Em “Till I Die (feat. Solomun)”, Anyma explora a busca por experiências intensas e transcendentes, refletida na repetição de versos como “Gold in the light / Keep the Sun in my eyes / Wanna trip till I die / Till my soul touch the sky” (“Ouro na luz / Mantenha o Sol nos meus olhos / Quero viajar até morrer / Até minha alma tocar o céu”). A palavra “trip” pode ser entendida tanto como uma jornada emocional proporcionada pela música quanto como uma referência a experiências psicodélicas, reforçando o desejo de permanecer nesse estado elevado até o limite da existência, como sugere o trecho “till my soul touch the sky”.

A colaboração com Solomun, marcada por atmosferas cinematográficas e batidas hipnóticas, intensifica o significado da letra ao criar uma sensação de imersão contínua, como se o ouvinte estivesse preso em um ciclo de busca por luz, prazer e transcendência. Versos como “Tell the gods I love when it rains / Turn me on when I'm up in a blaze” (“Diga aos deuses que eu amo quando chove / Me excite quando estou em chamas”) misturam prazer, intensidade e até um desafio ao divino, sugerindo entrega total ao momento. Já “Ice-cold lies, past this light / Play these games till we die” (“Mentiras frias como gelo, além desta luz / Jogue esses jogos até morrermos”) traz ambiguidade, mostrando que, junto à busca pelo êxtase, existem enganos e jogos emocionais.

A repetição de “I don't wanna die” (“Eu não quero morrer”) contrasta com o desejo de viver experiências extremas, revelando a tensão entre se perder no prazer e a consciência da mortalidade. Essa dualidade, somada à atmosfera envolvente da faixa, faz de “Till I Die (feat. Solomun)” um retrato sensorial da busca humana por significado e intensidade diante da efemeridade da vida.