
Samba-Enredo 2024 - O Cais da Resistência
ARES Vizinha Faladeira
Agô, ao pisar as pedras desse cais
Respeito! Aqui desembarcaram nossos ancestrais
Do ventre de um tumbeiro, Povo banto em cativeiro
Era “peça” no mercado
Preto Novo, à flor da terra, a denúncia, o legado
Vergonha é eterna cicatriz
Verdade que se impõe à realeza
Não se curva à nobreza da Imperatriz
Ê, malungo, firma o ponto no Ilê
Uma lei para inglês ver não entrega livramento
Ê, malungo, para a vida transformar
É preciso aquilombar o pensamento
Com a falsa liberdade
A dura realidade, do quilombo à favela
Pretos vindos de todos os cantos
Sua arte, seus encantos, a cultura é sentinela
Braço forte na estiva, capoeira tem axé
Lá na Casa de Ciata, samba, choro e candomblé
Ô, Iyá! Ô, Iyá!
Se os búzios estão vivos, oferenda é amalá
Kaô, meu Pai, Kaô!
Clama a Pioneira a Justiça de Xangô!
Deixa lavar! E livrar de todo mal
O Valongo é Resistência, Patrimônio Mundial
Sou Vizinha Faladeira, guardiã desse lugar
Hoje, o canto da Sereia tem o toque do Alujá



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