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Inconsciente Primitivo

Armazém Fantástico de Odilon

Letra

    Homem filho do tempo, do meio, do apelo e da dor
    A alma cansada penada de ser
    Transpira a raiva e o medo de ter
    De ter de enxergar em si mesmo aquilo que foi

    O céu povoado a mais bela canção
    Veja no inferno nem temos o pão
    Nem mesmo aquele que o demo um dia amassou

    Imagine então que belo foi
    O inconsciente primitivo livre a estar

    Pelas barbas grisalhas longas Noel
    Pelo bosque encantado nevado Arthur
    Pelo quente deserto do Alaska ou Istambul

    Veja então que nada é
    Puramente simples belo a nos mostrar

    A saliva mais doce de um ditador
    A sereia que encanta o pescador
    A liturgia que embala os sonhos de um sonhador


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