Monsieur Claude

Senhor Claude

Monsieur Claude

Eu moro em uma antiga casa de prostituiçãoJ'habite une ancienne maison close
Entre o canal, a GaronneEntre le canal, la Garonne
E o Senhor Claude, que é bem doidoEt Monsieur Claude, qui nougaronne
Que é bem doido, entre muros rosasQui nougaronne intra-murs roses

E enquanto outras vozes falamEt pendant que d'autres voix posent
Sua prosa da qual eu não tô nem aíLeur prose dont je me tamponne
Sobre guitarras anglo-saxônicasSur des guitares Anglo-Saxonnes
Eu vejo passar os peixesJe regarde passer les aloses

Eu vejo passar os peixesJe regarde passer les aloses
Relâmpagos prateados que nadamEclairs argentés qui saumonnent
Nas quedas d'água, sem que ninguémDans les chutes d'eau, sans que personne
Entenda realmente muita coisaN'y entende vraiment grand chose

Eu moro em uma antiga casa de prostituiçãoJ'habite une ancienne maison close
Entre o canal, a GaronneEntre le canal, la Garonne
E o Senhor Claude, que é bem doidoEt Monsieur Claude, qui nougaronne
Que é bem doido, entre muros rosasQui nougaronne, intra-murs roses

A água do rio às vezes é tão rosaL'eau du fleuve est parfois si rose
Na hora em que o céu desisteA l'heure où le ciel abandonne
De sua sequência de azuis monótonosSa suite de bleus monotones

Que a gente beberia até a cirroseQu'on en boirait jusqu'à cirrhose
Que a gente beberia até a cirroseQue l'on boirait jusqu'à cirrhose
Suas algas e suas ondas bagunçadasSes algues et ses vagues brouillonnes
Seus seixos, sua areia em toneladasSes galets, son sable à la tonne
Que a alma ou o coração explodemQue l'âme ou le cœur en explose

Eu moro em uma antiga casa de prostituiçãoJ'habite une ancienne maison close
Entre o canal, a GaronneEntre le canal, la Garonne
E o Senhor Claude, que é bem doidoEt Monsieur Claude, qui nougaronne
Que é bem doido, entre muros rosasQui nougaronne, intra-murs roses